domingo, 8 de novembro de 2009

Esperança Branca

A esperança é branca.
É Branca e não se abala
à intensidade negra da solidão.
É branca e não se deixa levar
pelo céu azul, sol amarelo
e amor cor-de-nada.

A esperança é branca
de noite ávida,
de dia vida,
outrora se foi
presente é agora
Sim, é branca!

É Branca
e não se vê mais nada:
pairamos sobre a imensidão,
sem nada o que ver,
nada a se falar,
Apenas aptos a sentir
Branquidão branca
que tornou-se a esperança.

Notável é esse sentimento
Pois passam-se os rios
morrem as pessoas,
sentimos muito, ora.
Mas ela, a esperança,
branca,
como folha de papel,
há de ficar
(ela está),
a embrulhar
o meu dinâmico músculo:
se não é ele, o coração!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Acessos