Eu sempre quis ser
fascinante,
desfilar pelo mundo
com atenção,
ser percebido.
Aos 12, era poeta.
Aos 18, me senti
enfadonho.
Aos 25, assumo
novamente
o peso de ser
escritor.
Eu minto na idade.
Eu sinto a sua
falta.
Eu queria ser
fascinante,
mas não compreendo
essa tal palavra
fascínio.
Mas
A vida é essa,
Carlos:
hoje é domingo
amanhã ninguém
sabe o que será
depois de amanhã
não se mate.
Sosseguemos.