domingo, 9 de abril de 2017

Carlos


Eu sempre quis ser fascinante,
desfilar pelo mundo com atenção,
ser percebido.

Aos 12, era poeta.
Aos 18, me senti enfadonho.
Aos 25, assumo novamente
o peso de ser escritor.

Eu minto na idade.
Eu sinto a sua falta.
Eu queria ser fascinante,
mas não compreendo
essa tal palavra fascínio.

Mas

A vida é essa, Carlos:
hoje é domingo
amanhã ninguém sabe o que será
depois de amanhã não se mate.

Sosseguemos.


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