segunda-feira, 28 de março de 2011

Assuntos eternos em tempos de construção e desconstrução

Mão no bolso, tento seguir em frente. Mas não há mais que duas mãos. Não há muitas coisas na frente. Tenho medo de não ter mais mãos; tenho medo de não haver mais frente.

Tenho medo. Confesso.

Frases desconexas, amores desconexos, sentidos desconexos. Tudo, tudo isso, evidencia o mais plausível de tudo que há em mim: algo que não sei dizer. Não sei dizer nem o motivo e nem a causa disso tudo.

Sou coloquial. E nem sempre há palavras suficientes para me comprometer.

Às vezes passo despercebido. Os carros, as janelas, os papéis, os pássaros, a linguagem. Também passam despercebidos.

Mas eu os percebo.

O que será que a vida quer de nós? O que será que Deus espera de nós?

E é assim. Sem mais nem menos se percebe que já não há a mesma empolgação de cinco minutos atrás. E o que será amanhã é mais certo do que já passou.

Sou coloquial e eu amo isso.

E se você me pede para repetir, eu repito.

Repito que “sou coloquial”, mas sobre amar é difícil. Dizer que “amo” causa alvoroço, desregulando o correr natural das coisas.

É...

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