domingo, 12 de setembro de 2010

Arbitrariedade

Eu passo a semana toda pensando nas coisas. Coisas, como por exemplo, pequenos pensamentos, pequenas tristezas, pequenos goles de água. Penso no tempo, nos amigos.

Durante a semana eu volto à noite pensando sobre como a vida passa tão dura. E de repente como eu descobri tudo de uma vez. De uma vez só eu percebi que a vida não é só vida. Viver, assim, só por viver, não é vida. É necessário saber, ser esperto, trancafiar. Trancafiar tudo o que se sente, tudo o que se pensa. Eu fico pensando.

A semana toda eu paro e penso como as palavras são inúteis quando não se pode vivê-las. Nem tudo pode ser sonho. É preciso um pouco de realidade. E a realidade é bruta. Sem palavras, sem amor, sem nada. É tudo ácido, tudo medíocre, e cá estamos nós vivendo constantemente.

A semana toda, bem de manhã, eu penso em Deus. E é a força que eu tenho. A semana, toda manhã.

Ah se o mundo me ouvisse. Se meu pensamento fosse alto. Mas não é.

Eu fico a semana toda pensando em coisas que nunca serão ouvidas. Coisas loucas da minha cabeça. Coisas que existem desde sempre.
Penso em muita coisa, só não penso (mais) em como terminar meus textos de uma maneira boa. Dane-se.

Eu fico pensando a semana toda pensando. Em coisas que eu não deveria.

Não deveria.

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