segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Tudo aquilo que não pára

As pontes estão todas quebradas. Não nos resta escolha, teremos que voar. E se quiserem cortar nossas asas, sucumbiremos ao trabalho, e com pó, sangue e suor, construiremos novas pontes. Sob o calor trabalharemos arduamente. E se o sol intenso queimar nossas vontades e demasiadamente nos castigar, faremos chuva. E se não for suficiente, se nossas almas ainda estiverem desidratadas e fracas, nos imporemos aos rios e aos mares. E quando estivermos cansados, se cansarmos, reinaremos em nosso cansaço. E da resoluta falta de força, nossos castelos serão reerguidos para que o mundo veja.

Vida e morte como um fio de cabelo comprido.

Só não sonharemos. E se houver oportunidade para isso, não faremos. Se nos permitirem sonhar, não sonharemos. E o arrependimento não nos acusará; não queremos o sonho. Afinal, depois de vida, vida e vida, podemos constatar que a realidade virou o sonho, mas o sonho nunca pretendeu ser realidade.

E se nós fazemos o mundo rodar, ainda assim, poderemos então, sem sonho, rodá-lo baseados no paradoxo.

2 comentários:

  1. tudo aquilo que não PARA, sem acento, por favor, sir. wendell. renda-se à reforma ortográfica

    ResponderExcluir
  2. Se eu não sonhasse, viver não faria mais sentido.

    ResponderExcluir

Acessos