segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Insano como eu

Minha barba falha, pouca ainda. Meu nervosismo constante. Meu querer. Meu não querer. Tudo isso indica uma imagem que às vezes eu não gosto: a de um prematuro rapaz em formação. Sim, estou em formação e cada dia me convenço mais disso. Ainda não sou suficiente. Ainda não sou só. Por mais que não queira, necessito muito de novas ideias, de novos conselhos, de auxílio. Porque sou frágil, e não me envergonha dizer isso. Aliás, o que pode realmente envergonhar um ser humano? O que pode envergonhar o ser humano mediante ao abismo em que vive? Abismo que é formado de desigualdade, de falta de amor, da falta de paz. Na minha opinião, penso que vergonha não deveria existir. Nem orgulho. Não há motivo, se somos todos iguais, se estamos no mesmo barco, se morremos das mesmas doenças, se choramos pelos mesmos motivos. Não há por que se constranger mediante ao mundo. E nunca haverá motivo pra se orgulhar. Nunca, nunca, nunca. Digo isso, porque em pleno meus imaturos 17 anos de vida, tenho aprendido muito. Muito mesmo. Tenho aprendido que não vale a pena viver para “ser alguém” ou para “não ser alguém”. Pois o protocolo de vida do ser humano é muito óbvio: não há nada para fazer de novo – não há inovação, nem superação. Se há um “novo” para buscar, não o encontraremos aqui, na normalidade. Será por outro olhar, por outra percepção. E o segredo de vida que o garoto de 17 anos acredita é esse: viver a vida com outras percepções. Novos horizontes, conforme tenho escrito diversas vezes aqui, em meu blog. Falo de fé, falo de sentimento, falo de reciprocidade, falo de ver a vida com outros olhos. Ver que não há melhor nem pior. Buscar sentido nas palavras, conhecer as palavras. Palavrear a vida. Humildemente, creio que o segredo está aí – mas não dêem tanta razão a um rapaz de 17 anos, insano como eu.

Um comentário:

  1. Esqueci de comentar que amei esse.
    Subentendido, né?
    Palavras não alcançam :}

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