segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

So much

É tanto medo. É tanta apreensão. E roer as unhas, chorar nos cantos, ouvir música. Além disso, é tanta vontade de mudar. Mas a esperança é tão pouca. E falar baixo, e falar alto. E confabular, e confessar. E gritar por dentro, silenciosamente (não há mais voz).

E é tanto peso, é tanta renúncia, é tanta religião, é tanta gente. E são mulheres milhares. E são homens armados. E é pastor, ladrão, padre, frade, pai, mãe, paz e amor.

E confabular, e confessar.

E é futebol, competição, mortes, e é a televisão. E tem a política. E é aquela dor nas milhares almas; e uma delas é a minha. E tem roupa, o sapato, o tênis, o boné. E ainda tem isso tudo...

E na volta: o ônibus, o carro, o atropelamento, as estatísticas, o palavrão.

É tanto medo, é tanta apreensão.

E são meus amigos que precisam passar no vestibular. E são meus amigos que precisam de dinheiro. Meus amigos querem um emprego melhor. E é tanta burocracia, e é a dificuldade nas mínimas coisas. E é o simples se tornando complicado.

E gritar por dentro, silenciosamente – onde foi parar a minha voz?

Muita coisa invadindo meu pensamento. É muita conversa desnecessária.

Mas o céu azul permanece lá, intacto. Bem, para mim está intacto. E é o meu não-saber. E Triste e intenso. E já não posso constatar. Mas é azul. Sempre foi azul. E até quando será?

E confabular, e confessar.

E o início sem fim. E o fim com o início desconhecido. E é o acorde atormentador, a no ta que não sai da cabeça. E é o meu ser humano entrando em conflito. E ele sempre esteve em conflito.

E é triste. Tem sido triste. Triste e intenso.

E é medo novamente... Muito medo.

E esse meu texto, ah, eu preciso terminar. E vai ser assim: Ajude-me, Deus. A estrada é intensa, mas VOCÊ É.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Acessos